“O modelo de negócio da TELEVISÃO TRADICIONAL mundial e brasileira está mudando. Está ocorrendo uma TRANSFORMAÇÃO COMPLETA NO PADRÃO de comportamento e de como as pessoas assistem e consomem todos os tipos de mídia. Há uma interação das pessoas com a mídia que acontece de forma natural, não como um acessório a ser colocado no padrão de TV existente, mas como base deste novo padrão.
A tendência é o conteúdo e a diversidade de opções, com a preocupação na produção e entrega deste conteúdo de maneira efetiva, simples e que não seja cara, a muitas pessoas ao mesmo tempo. E para isto, os fornecedores de conteúdo (Igrejas, ministérios, editoras, gravadoras e denominações) precisam estar prontos para operar estas novas tecnologias. Como exemplo desta verdadeira revolução, em 60 segundos de internet, mais de 600 novos vídeos são postados no Youtube, e mais de 700 mil pesquisas são feitas no Google. E por consequência, o consumo desta mídia também segue estes números, é uma quantidade gigantesca de pessoas que os assistem, e que já não há mais como medir ou controlar.
Não há mais como competir com a indústria digital. Só em venda de dispositivos móveis, 2013 representou um faturamento de US$ 750 bilhões para o mercado. Enquanto isso o faturamento publicitário da Televisão em nível mundial no mesmo período foi de US$ 358 bilhões. Só os SMS rendem US$ 100 bilhões para as empresas de Telecom, portanto o mercado inteiro de TV tradicional é cerca de três vezes maior do que somente um pequeno segmento da revolução da indústria digital.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Ericson, em 2019 o vídeo na internet deve superar a audiência da TV. Portanto é evidente que o futuro do negócio de mídia ESTÁ MUDANDO radicalmente de TV TRADICIONAL para a PRODUÇÃO E ENTREGA DE CONTEÚDO EM MÚLTIPLAS PLATAFORMAS.
Por outro lado, neste ano a TV Aberta no Brasil comemora 50 anos. Há 7 anos iniciou-se a transição da TV TRADICIONAL para o sistema Digital. Entretanto, ainda estamos lutando para tentar implantar o padrão Digital, que não é realidade na grande maioria dos municípios do Brasil. Poderia se dizer então, que após 7 anos, estamos tentando implantar uma tecnologia atrasada, e fora de moda. As pessoas trocam de computador a cada 3 anos, então a TV Digital para alguns estudiosos de mercado e visionários de futuro, já é velha, coisa antiga.
Novas mídias e tecnologias estão chegando. 4K, Ultra HD e H.265. Se a TV Digital não tem nem o esforço de implantar definitivamente o HD já concluído, os consumidores provavelmente vão procurar outras tecnologias e plataformas que sejam capazes de entregá-los.
A Televisão tradicional ainda é um meio viável e de grande importância, da qual devemos nos utilizar ainda por um tempo, mas em conjunto com a multiplataforma. Mas o futuro e o crescimento da audiência, paralelamente à TV tradicional, está na entrega dos conteúdos por IP.”
Eng. Paulo Eduardo Rodrigues Castello
Diretor
Canal UP|TV